A apreensão de celulares dentro do sistema prisional de Rio Preto fez parte da Operação Laços de Família, deflagrada na última sexta-feira (29/8) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de SP.

Os equipamentos, apreendidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) e no Centro de Progressão Penitenciária (PCC) eram usados por detentos ligados ao PCC para manter contato direto com criminosos de Mirandópolis, a 230 km da cidade, coordenando o envio de drogas e a movimentação financeira do tráfico naquela região.

Segundo o MP, a investigação revelou que a região era um ponto estratégico para o abastecimento de entorpecentes às unidades prisionais.

As apurações mostraram que o esquema criminoso se dividia em três núcleos estruturados a partir de laços familiares. Essa organização, passada de geração em geração, garantia estabilidade, expansão e forte ligação com a facção dentro dos presídios.

Durante a ação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva em Araçatuba, 19 mandados de prisão temporária em Mirandópolis e 23 de busca e apreensão. Drogas, dinheiro em espécie e outros celulares também foram recolhidos.

O nome da operação faz referência ao caráter familiar do grupo criminoso, que manteve por anos a continuidade das atividades ilícitas mesmo após prisões de integrantes.

No total, 61 equipes participaram da ofensiva, incluindo 129 policiais militares, 54 agentes da Polícia Civil, além de equipes do Canil e suporte do helicóptero Águia. O MP destacou que a ação reforça a integração entre instituições para o enfrentamento ao crime organizado.